Benefícios para a saúde da fotobiomodulação (terapia com luz vermelha e quase infravermelha)

Benefícios para a saúde da fotobiomodulação (terapia com luz vermelha e quase infravermelha)

21 de novembro de 2024

Fotobiomodulação diz-lhe alguma coisa? Não? Mas por certo já ouviu falar em terapia de luz vermelha e infravermelha.

Por definição, a fotobiomodulação trata da aplicação de luz a um sistema biológico capaz de induzir um processo fotoquímico, principalmente nas mitocôndrias, com estimulação da produção de energia em forma de adenosina trifosfato (ATP), o que pode aumentar o metabolismo celular e produzir efeitos como analgesia, regeneração de tecidos entre outros benefícios.

Mas como é que a fotobiomodulação funciona?

A terapia da luz vermelha aplica energia luminosa, que é uma forma de radiação eletromagnética (EMR) às nossas células. Estas contêm moléculas cujo funcionamento pode ser alterado ao receber EMR. Na verdade, a adoção do EMR é um processo importante que permite a vida na Terra. Por exemplo, o olho contém fotorreceptores que absorvem a luz e contribuem para a visão. Da mesma forma, algumas células contêm na sua membrana recetores que respondem a ondas de luz (chamadas fotorecetores). Nessas células, as ondas de luz causam reações biológicas em cadeia que contribuem para a produção de energia na célula que é uma responsabilidade das mitocôndrias.

As mitocôndrias, que produzem energia chamada de ATP para uso celular, são particularmente recetivas a esse processo. A nível celular, a energia da luz quase infravermelha (Near Infrared – NIR) e da luz vermelha visível é absorvida pelas mitocôndrias, aumentando potencialmente a produção de ATP juntamente com espécies reativas de oxigénio, óxido nítrico e monofosfato de adenosina cíclico (cAMP), que podem iniciar a proliferação celular, que aumenta o processo natural de regeneração do corpo. Além disso, o óxido nítrico ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e melhorar a circulação sanguínea. Esses efeitos podem levar ao aumento da expressão de genes relacionados com a síntese proteica, migração e proliferação celular, sinalização anti-inflamatória, proteínas antiapoptóticas e enzimas antioxidantes.

Existem estudos que sugerem que as células estaminais são particularmente suscetíveis à fotobiomodulação. As células estaminais tem a capacidade de se auto regenerar e de se diferenciarem em células de diferentes tecidos, sendo a sua estimulação promissora.

Recentemente, observou-se que a fotobiomodulação, quando aplicada a nível abdominal pode alterar a microbiota, levantando assim a possibilidade de uma regulação bidirecional do eixo microbiota-intestino-cérebro. Com base nisso, é possível que a fotobiomodulação abdominal possa melhorar a saúde cognitiva e, portanto, constituir-se como uma terapia muito promissora também na regressão da neurodegeneração, especificamente na doença de Alzheimer.

A terapia de luz vermelha aplica exclusivamente ondas de luz vermelha a quase infravermelha (λ = 600–1100 nm). As ondas de luz vermelha penetram na pele e chegam às mitocôndrias das células, onde aumentam a produção de ATP das células, apoia a transcrição de novos produtos genéticos (como proteínas ou RNA), contribuindo para a cura e longevidade celular.

Existem atualmente mais de 5.000 artigos de pesquisa publicados sobre o efeito da terapia com luz vermelha e infravermelha na saúde humana e animal, sendo que a pesquisa mais promissora sobre luz vermelha concentra-se no apoio à saúde do tecido conjuntivo e da pele, mas a luz vermelha também pode reduzir a inflamação e apoiar a saúde do nosso cérebro. Neste domínio, identificam-se nove benefícios da aplicação da luz vermelha:

  • Aumento da produção de colágeno.
  • Melhoria do rejuvenescimento da pele.
  • Aumento da produção de energia celular.
  • Pode diminuir a tensão arterial e dores de cabeça.
  • Estimula crescimento capilar.
  • Pode melhorar a função tiroideia.
  • Alívio de dores nas articulações.
  • Aceleração da recuperação muscular.
  • Apoio na perda de peso.

Entusiasmada(o)? Então deixamos um guia para terapia de luz vermelha em casa.

Primeira Semana:

Comece devagar! Dê a cada área (por exemplo, mãos, pés) uma exposição suave de 2 minutos diariamente. Se quiser tratar várias áreas numa sessão, limite o tempo a 1,5 minutos cada.

Segunda semana:

Aumente gradualmente. Aumente a duração da sessão para 3-5 minutos. Tenha como limite máximo os 15 minutos para evitar efeitos contraproducentes.

Terceira semana:

Personalize sua rotina. Experimente encontrar a duração e frequência ideais. Uma vez estabelecida, mantenha uma rotina de sessões diárias ou algumas vezes por semana, conforme necessário.

Nota:

Para um impacto mais profundo, posicione o dispositivo mais próximo (5-10 cm) da área que pretende tratar. Observe como seu corpo responde e ajuste a duração e a frequência de acordo.

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